No mundo corporativo, nem sempre a dedicação e a competência são suficientes para garantir nosso lugar. Às vezes, forças invisíveis — e completamente fora do nosso controle — decidem o nosso futuro. Hoje, compartilho uma história real que vivi, e que talvez ajude você a refletir sobre suas próprias experiências.
Eu estava trabalhando como coordenadora de eventos em uma empresa onde já havia atuado anteriormente. Estava feliz, fazendo entregas de qualidade. Tudo parecia estar em ordem.
Um dia, durante o almoço com uma amiga do trabalho, soube de uma fofoca: o novo gerente da área estava passando por um divórcio complicado, e sua ex-esposa, desempregada, estava pleiteando pensão alimentícia. Achei curioso e, para entender melhor, perguntei ao meu marido, que é advogado. Ele confirmou que, em alguns casos, seria sim possível esse pedido.
Não dei muita importância. Continuei focada no meu trabalho.
Para minha surpresa, uma semana depois, fui chamada para uma conversa — e demitida. O próprio gerente veio falar comigo, visivelmente desconfortável, dizendo que não era ele quem deveria dar a notícia, que a decisão vinha da diretoria. Para mim, soou completamente falso.
Dias depois, soube que quem havia sido contratada para o meu lugar era justamente a ex-esposa dele — e, coincidentemente, da minha área de atuação.
Coincidência?
Essa história, apesar de dolorosa, me ensinou algo que carrego até hoje: no mundo corporativo, nem sempre ser correto, competente e ético é suficiente para nos proteger de jogos de interesse e decisões injustas.
Por isso, é tão importante não depositar nossa autoestima nem nosso valor profissional nas mãos de estruturas que, muitas vezes, são frágeis e movidas por interesses que nada têm a ver com mérito.
Hoje, olhando para trás, vejo que aquela demissão, que na época me feriu profundamente, foi também uma libertação. Não quero mais fazer parte de ambientes onde o que vale não é a verdade, mas as conveniências.
E você? Já viveu algo parecido?